21.10.12

MICKEY 216

Em 1 de outubro de 1970, eu completava 10 anos de idade e comprava nas bancas esta edição com uma aventura do Mickey desenhada pelo traço curioso de Jack Manning: "Os Piratas Atacam do Espaço".
A história de John Ushler: "Texas Bill - Acerto de Velhas Contas" e "Era Uma Vez Um Herói", de Glenn Schmitz - são outras duas nunca republicadas até hoje.
Scan e Tratamento: Rod Gibi


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2 comentários:

  1. Luiz Dias:

    Ufa! Estes últimos scans foram de tirar o fôlego.

    Muitas vezes eu me perguntei por que a família Pato tinha mais histórias e publicações que a turma do Mickey.

    Relembrando-me dos seriados que passavam na TV na época percebi que a maioria tinha os enredos baseados em um ambiente familiar: Perdidos no Espaço, Os Waltons, Família Dó-Ré-Mi, A Feiticeira, Bonanaza, Chaparral, Daniel Boone, etc.

    Muito provavelmente as histórias da família Pato eram as que mais se aproximavam dessa tendência da época, apesar de as figuras do pai e da mãe estarem ausentes nas mesmas, sendo substituídas pelos tios, tias e vovós.

    Já o Mickey é um herói sem família, muito mais próximo de um herói espião ou policial, contando apenas com a namorada, seus amigos e de vez em quando seus dois sobrinhos.

    O fato de as histórias dos Patos contarem com um ambiente familiar permitia-lhes incutir na mente das crianças enredos engraçados e emocionantes reprodutíveis dentro de sua própria estrutura familiar.

    Já as aventuras do Mickey eram lidas com interesse mas não eram reprodutíveis no ambiente familiar e muito menos no social (para isso haviam os milicos).

    Poderíamos dizer que a família Pato com suas aventuras era a família que toda criança gostaria de ter tido e que o Mickey era a pessoa aventureira e sem impedimentos para viver suas aventuras que toda criança gostaria de ter sido, na falta de uma família Pato.

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  2. Luiz Dias:

    Somente para concluir a idéia acima, transportando-a para minha própria experiência de vida, tornei-me aficcionado pelos inventores e cientistas dos gibis porque eles não precisavam de ninguém para viverem suas aventuras.

    Ou melhor, os demais personagens, solitários ou em família, é que precisavam deles para subsidiarem-nos em suas aventuras.

    Com isso, mesmo sem o desejar, estes intelectuais do universo Disney, acabavam tendo uma certa vida social e aventuresca.

    É claro que esse modelo de personagem coincidia com as minhas características: poucos ou nenhum amigos, família disfuncional e repressora, baixo sucesso social, etc.

    Certa vez, ao ler nas férias de final de ano da escola o último episódio da série História e Glória da Dinastia Pato, fiquei impressionado com a maneira como o Tio Patinhas, através de um cálculo matemático, encontrou um tesouro dentro de uma pirâmide.

    Refleti com meus botões:- Eu fico tentando inventar coisas como o Professor Pardal mas não tenho dinheiro para inventá-las. O Tio Patinhas, com um pouco de matemática ganhou muito dinheiro. Oras, Matemática precisa apenas de papel e lápis, sem precisar de nenhum dinheiro para eu ganhar dinheiro com ela.

    Foi aí que passei a me dedicar à Matemática e na 7a e 8a série eu fui o melhor aluno de matemática.

    De repente, um garoto sem brilho, medroso e tímido, acabou se tornando o garoto mais popular da escola, graças ao meu professor que fazia questão de fazer propaganda de mim, inclusive para as turmas noturnas.

    Participei no ano de 1977 da 1a Olímpiada de Matemática.

    Enfim, os gibis construiram meu mundo mental e psicológico, dando-me as opções de ação e maneiras de pensar, o que me facilitava a adaptação às necessidades e exigências do meio social e familiar em que eu vivia.

    Hoje, o que noto em muitos jovens é que eles partem do pressuposto de que o meio social deve se adaptar a eles e não eles ao meio social.

    Essa inversão provoca uma série de transtornos na sociedade como o aumento no consumo de drogas e outras coisitas mais, pois o sujeito que assim pensa ou age será sempre um eterno insatisfeito com a vida e com o ambiente, ao passo que aquele que se adaptou será um eterno satisfeito e feliz com sua vida.

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