8.10.12

BANZÉ ESPECIAL 1956-1958

Cláudio Jurischka, do Grupo Esquiloscans nos traz esta edição especialíssima de 490 páginas que homenageia o mais carismático, simpático e divertido dos cães criados pela equipe de Walt Disney. Foi capa de vários gibis brasileiros e teve sua revista própria nos EUA, depois de estrear no filme: "A Dama e o Vagabundo" "mostrando seu talento", que culminou com tiras nos jornais e depois até virar "astro" de tantas histórias!
Foi desenhado por quase todos os mestres Disney e ainda hoje é publicado normalmente com muito sucesso na Dinamarca, com aventuras inéditas! 

11 comentários:

  1. Bom dia Luiz. Por favor, se possível acrescente a página 53 que está em falta.
    Aproveito para agradecer por todas as revistas Disney que tem sido colocadas e que são fantásticas. O vosso trabalho tem sido excelente.
    Um grande abraço.
    Nuno

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    1. Obrigado pelo aviso, Nuno...avisarei aos amigos do Esquiloscans e anexarei em breve novo link!

      Um abraço!

      Luiz Dias

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  2. mas que post!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    simplesmente fantastico.
    esse sim é o poder da internet!
    nos aqui no brasil ter acesso a estes quadrinhos,coisa inimaginavel até a poucos anos atras.

    parabens

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    1. Obrigado Alex...mais novidades virão!

      Um grande abraço!

      Luiz Dias

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    2. A página 53 não está em falta. Ela aparece no final porque foi criada com o nome Banze053, ou seja, sem o acento agudo como as demais.

      Eu renomeei o arquivo para RAR, descompactei-o e alterei o nome para Banzé053.

      Recompactei e alterei novamente o nome para CBR.

      A página então, apareceu na posição certa.

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    3. Obrigado João...farei isso neste novo link para download! Um grande abraço!

      Luiz Dias

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    4. Obrigado ao João e ao Luis. Problema corrigido.
      Um grande abraço para todo o pessoal.
      Nuno

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  3. He, he... Esses quadrinhos me tráz à lembrança muito daquele tempo dos anos 70 que a maioria tenta esquecer, visto que vivíamos sob um regime militar bastante piegas em sua maneira de ver o mundo e a sociedade como crianças que precisavam apanhar para tornarem-se gente.

    Nos idos anos 70 havia na sociedade aquilo que chamávamos de garotos de família e de garotos de rua.

    Os próprios pais fomentavam nos filhos o desprêzo para com estes supostos garotos de rua que na verdade nada mais eram do que garotos cujos pais não se alinhavam muito bem com os ditames do regime militar e que por isso deixavam seus filhos mais à vontade.

    É claro que existiam aqueles filhos sem pai de mães solteiras ou pais separados como o Lula, por exemplo.

    Estas crianças eram antagônicas entre si mas, por outro lado, sentiam inveja uma da outra.

    Os garotos de rua achavam que os garotos de família eram mais felizes que eles porque não gostavam de brincar com eles, o que lhes dava a impressão de que eles tinham muitos brinquedos em suas casas e que não precisavam deles para nada.

    Já os garotos de família viam pelas frestas do portão ou quando saíam às ruas com seus pais ou para irem à escola os garotos de rua brincando de futebol, bolinha de gude, pipa, etc.

    Lembro-me como era doloroso para mim sentir-me preso numa jaula e ver lá fora os garotos brincanco e se divertindo.

    Continua...

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  4. A maneira que encontrei de lidar com isso foi criar meu mundo de fantasia a partir das histórias em quadrinhos que eu lia o que acabava me incompatibilizando mais ainda com as idéias e valores sociais, pois a origem americana das histórias fazia eu desenvolver fantasias e gostos mais americanos do que brasileiros.

    Meus pais achavam que gibis estragavam as crianças e por isso tinha que lê-los às ocultas pois se me pegassem com os gibis eles os rasgariam sem dó nem piedade.

    O pior de tudo foi quando cheguei à idade adulta e ainda não sabia o que eu era de fato pois socialmente nunca me saí bem, já que até meus 12 anos de idade eu ainda era um garoto preso dentro de casa, o que foi mudando lentamente depois dessa idade.

    Não sabia exatamente do que gostava ou o que queria para minha vida, visto que não tive vivência social para elaborar minhas necessidades conforme os valores sociais vigentes na época.

    Acho que os únicos sonhos e desejos que consegui elaborar foram aqueles que desenvolvi lendo gibis e assistindo ao seriado Perdidos no Espaço.

    He, he. Foi o suficiente para me dar motivação de estudar Processamento de Dados a fim de tornar-me um programador de computador e hoje, um analista de sistemas.

    A parte chata da coisa e que eu procuro satisfazer em mim são aquelas vontades infantis do passado que nunca foram satisfeitas e eu, depois de adulto, procurei reprimir em função de uma profissão.

    Por isso, hoje eu procuro fazer todas as vontades infantis dessa criança que fui, satisfazendo-lhes as fantasias gibizescas.

    Diante da natural inveja que eu sempre senti dos garotos de rua por eles brincarem e aparentemente serem mais felizes que eu, eu me compensava dizendo para mim mesmo que tinha uma boa profissão e um ótimo salário.

    A única coisa que me faltava era saber o que fazer com meu dinheiro para ser feliz.

    Isso eu realmente não sabia e por isso ajudava a minha família a fim de que ela me mostrasse o caminho de como ser feliz, ou seja, que colaborassem comigo.

    Não funcionou muito bem mas pelo menos aprendi com isso a ser cooperativo com as pessoas independentemente de eu levar vantagem ou não com isso.

    Voltando à realidade atual, o que percebo na sociedade é que muitos desses garotos de rua se sairam bem na politica pois política é isso: sentir prazer em brincar na rua.

    Já eu, por exemplo, não sinto muito esse prazer de conviver social ou politicamente com as pessoas, preferindo mais as minhas diversões individuais junto à minha esposa, mas tive que entender racionalmente o porquê de eu ser tão diferente até mesmo para superar em mim a inveja que eu sentia daqueles ex-garotos de rua.

    O mais engraçado em mim e me era difícil compreender é que eu sentia inveja dos garotos de rua e, ao mesmo tempo, desprêzo pelos garotos de família, coisas que aliás sinto até hoje mas sei agora lidar com isso.

    Inveja dos garotos de rua pelos motivos já expostos e desprêzo pelos garotos de família porque eles sempre me desprezaram e me evitaram no passado, seja na escola ou na vida social.

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  5. Luiz Dias:

    Os gibis, hoje, lidos e apreciados com a nossa mente já adulta, leva-nos à compreensão de nós mesmos no passado e porque eles foram tão importantes para nós em nosso crescimento e desenvolvimento moral e intelectual.

    Quando procuramos algum sentido social para nosso modo de ser, pensar e sentir a vida, deparamo-nos com a falta de referenciais na sociedade pois muito do que somos hoje, da geração chamada filhotes da ditadura, foi construído mais através de nossas fantasias do que através de nossas experiências no passado.

    Por esse motivo, vendo o resultado da doutrinação gibizesca em muitos adultos de hoje, percebo que a mesma, seguida da repressão social e política, teve justamente a intenção de criar na classe pobre cidadãos mais interessados em tecnologia como hoje conhecemos do que de cidadãos adaptados ao meio social em que viviam.

    Parece-me que as coisas foram meio que planejadas e, por isso, muitos jovens de meu tempo ao tentarem descer das nuvens em que se colocaram por tantos anos na vida, acabam se deparando com a realidade social que desprezaram no passado e se escandalizando com ela.

    Esses ex-jovens de hoje, já quarentões e cinquentões, são aqueles que a política hoje chama de reacionários e aqueles garotos de rua do passado, de progressistas.

    Essas conclusões parecem-me espantosas hoje mas como diz uma das músicas de Zé Ramalho:

    Vocês que fazem parte dessa massa,
    Que passa nos projetos, do futuro
    É duro tanto ter que caminhar
    E dar muito mais, do que receber.
    E ter que demonstrar, sua coragem
    A margem do que possa aparecer.
    E ver que toda essa, engrenagem
    Já sente a ferrugem, lhe comer.

    Realmente, muitos de nós foram criados para viverem um futuro que ainda não existia e, por esse motivo, impedidos de viverem o presente que tinham para viver.

    Isto explica o comportamento de muita gente que conheci no passado e que apostaram todas as suas fichas de que seriam felizes um dia no futuro se hoje abdicassem de seus gostos presentes em função desse futuro incerto.

    Felizmente, apesar de haver endossado essa crença ideológica do passado, eu marotamente, quando garoto, lia meus gibis às escondidas e com isso, fui adaptando-me melhor às exigências da época sem, contudo, abrir mão de minhas fantasias e necessidades reprimidas.

    O mais engraçado que acho nas pessoas daquele tempo é vê-las se perguntarem:- Onde foi que eu errei? Eu fiz tudo certo.

    He, he. Fizeram tudo certo mas esqueceram-se de cultivar suas infâncias mesmo que através da leitura de gibis.

    Se hoje eu sou um direitista, politicamente falando, devo ao meu esquerdismo infantil cultivado através dos gibis, a compreensão das necessidades que fui deixando para trás mas que fui suprindo depois dos 40 anos de idade.

    Um grande abraço e parabéns por este blog por me permitir contar um pouco do papel que os gibis tiveram sobre a minha vida e quem sabe? Talvez muita gente acabe enxergando em minhas conclusões atuais um pouco de suas vidas também.

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